sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Qual foi a onda mais lisérgica da sua vida?



Começava assim: primeiro eu tomava aquele sacolé mais vermelho, de groselha, me lambuzando toda.
Depois rolava na areia, prática que eu costumava chamar de bife à milanesa.
E então, corria pro mar para pegar mais uma daquelas que foram as ondas mais eletrizantes da minha vida... o bom e velho jacaré.
Lisérgica mesmo era a infância, onde tudo era colorido e infinito na casa de praia da minha vó em Floripa!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A Bailarina II


A bailarina comove a platéia
com o corpo entregue à metáfora.

Intensa, adianta o relógio
do corpo - simula o acaso
divino. De tantas
que em si mesma carrega,
elege a mais leve,
a mais solta.

Em fugaz beleza,
no palco se move.
A neblina do olhar da platéia
a recobre de íntimas fomes.
De uma e de outra, emanam
descuidos de paz. O indizível
floresce, floresce, floresce.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A Bailarina


Bailarina

Muitos braços
e nenhum
- onde fixa o corpo
a bailarina?

Nada mensura
o giro - segue
o imprevisto
a partir do início.

Um risco sem fim
no palco
- ocupado de vapor
ou carne?

Depois acaba,
mas mesmo assim
é a cortina
que desaba.