terça-feira, 16 de setembro de 2008

A Bailarina II


A bailarina comove a platéia
com o corpo entregue à metáfora.

Intensa, adianta o relógio
do corpo - simula o acaso
divino. De tantas
que em si mesma carrega,
elege a mais leve,
a mais solta.

Em fugaz beleza,
no palco se move.
A neblina do olhar da platéia
a recobre de íntimas fomes.
De uma e de outra, emanam
descuidos de paz. O indizível
floresce, floresce, floresce.

Um comentário:

LC disse...

tharciiiii....são seus? que lindossss....denso...gostei, parabéns!!!!