terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Código Cultural

Li um livro muito bom, já que eu ando bem interessada em me aprofundar no mundo do comunicação-marketing-design-etc. O título é o mesmo do post e o autor é um antropólogo cultural francês chamado Clotaire Rapaille. Mas o que realmente me fez pegar o livro para ler foi o fato dele ser o presidente do Conselho e fundador da Archetypes Discoveries Worldwide.  Eu adorei este nome, tem um quê de mistério e sabedoria. Alguém imagina que existiria uma instituição formada exatamente para estudar as contribuições mais remotas do cerébro reptiliano ao nosso incosciente coletivo moderno? O fato é que eu adoro dar palpite e claro, depois de ler o livro, resolvi dar a minha contribuição à teoria do "rapai".
Ele diz que os americanos ainda são culturalmente adolescentes, ou seja, rebeldes, impacientes, imediatistas etc. Segundo ele, isso ocorre porque eles nunca precisaram matar um rei para se tornarem quem são, ao contrário dos franceses, que decapitaram rei, rainha e quem mais estivesse pela frente. O "rei"ou qualquer que fosse o tipo de dominação inglesa que outrora imperava sobre os Estados Unidos simplesmente foi mandado embora, ou expluso do quarto, tal qual um adolescente faz com seus pais ou visitantes indesejados. Isto influencia até hoje o comportamento dos nossos vizinhos lá de cima, todos muito doentes do ego: egocênticos, egoístas, ególatras.
Por outro lado, nós, queridos brasileiros - e agora vem o meu insight e contribuição à belíssima teoria - não precisamos cortar a cabeça de nenhum rei, como os franceses, muito menos expulsá-lo do nosso território, como os americanos. Nosso rei ficou! E ficou porque foi convencido de que era o melhor a fazer, de que estava no melhor lugar e que aqui o pessoal era mais gente boa. Na minha visão, o jeitinho brasileiro começou aí. Demos um jeitinho, convencemos o rei a ficar e ele, de quebra, nos livrou do domínio dos portugas interesseiros. E aqui estamos nós, dando jeitinho até demais e em tudo, até hoje...

2 comentários:

Andréa Kowalski disse...

e eu me lembrei da condição humana do malraux que até hj eu não li (e vc?), mas tvz devesse ter lido, hein? ah, os franceses... tenho me atrapalhado nos verbos, amiga... je peux, je veux, je vais, tudo muito complexo!
ui, que saudade de ti!

Tharci disse...

li sim, ahan, acreditas.... no maximo so' os pontitos e as curiosidades! hahaha